O PODER DO LOUVOR EM COMUNIDADE

REFERÊNCIA BÍBLICA: “A minha alma se alegrará no Senhor; alegrar-se-á na Sua salvação. Todos os meus ossos dirão: Senhor, quem é como Tu, que livras o pobre daquele que é mais forte do que ele? Sim, o pobre e o necessitado daquele que o rouba […]. Mas eles com a minha adversidade se alegravam e se congregavam; os abjetos se congregavam contra mim, e eu não o sabia; rasgavam-me, e não cessavam. Com hipócritas zombadores nas festas, rangiam os dentes contra mim. Senhor, até quando verás isto? Resgata a minha alma das suas assolações, e a minha predileta dos leões. Louvar-Te-ei na grande congregação; entre muitíssimo povo Te celebrarei” (Salmos 35.9-10,15-18).
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: o Salmo 35, como tantos outros, foi produzido em momento de grande angústia do salmista, mostrando o reconhecimento da sua incapacidade diante do inimigo e o clamor pela ajuda de Deus. A essência dessa oração de Davi é a fé no auxílio celestial e a certeza do livramento.
DISCUSSÃO
1- Quais são os tipos de reunião apresentados no Salmo 35?
2- Como podemos evitar que a nossa separação dos zombadores não se torne uma forma de alienação?
OBJETIVO: demonstrar o valor da comunhão cristã e do louvor congregacional.
CONTEXTO: o Salmo 35 cita dois tipos de congregação: a primeira, dos zombadores; a segunda, dos servos de Deus. Cabe a cada um de nós escolher a que grupo pertencer. Não é apenas uma questão de comparecer a determinado local, embora esse aspecto também seja importante, mas o principal é saber qual é a comunidade que nos atrai devido à natureza que nos domina. Davi não participava da reunião dos escarnecedores, mas seu coração desejava reunir-se com aqueles que servem e louvam ao Senhor. A Palavra de Deus nos incentiva a congregar (Salmos 133.1; Hb 10.25). O individualismo não é uma atitude sábia (Pv 18.1).
REUNIÃO, UNIÃO E UNIDADE: a reunião é importante, pois na companhia dos irmãos encontramos ajuda, apoio e orientação. Podemos compartilhar nossos problemas, experiências e vitórias que servirão como estímulo para outros. Porém a união é mais do que estarmos juntos, é um compromisso. Até o joio pode reunir-se com o trigo, mas jamais estará unido a ele. A Igreja de Jesus não é como um ônibus lotado, em que as pessoas se ajuntam por acaso. A Igreja é a comunidade dos salvos, cujo compromisso com Cristo nos faz também comprometidos uns com os outros. Isso vai além dos limites da reunião. A unidade, porém, é mais do que união, é ser um só (João 17.21). Esse é o propósito de Deus para nós na qualidade de Igreja, Noiva singular do Senhor Jesus.
O LOUVOR CONGREGACIONAL: um dos principais motivos das nossas reuniões é o louvor. “Cantai ao Senhor um cântico novo, e o Seu louvor na congregação dos santos” (Salmos 149.1). Deus instruiu Israel a reunir-se para festejar e alegrar-se em Sua presença. As festas judaicas, Páscoa, Pentecoste e Tabernáculos eram oportunidades de alegria e louvor, sendo o templo o principal lugar de tais manifestações. Percebemos, portanto, que é desejo de Deus que nos reunamos para louvá-Lo, como está escrito: “Tu és Santo, entronizado entre os louvores de Israel” (Salmos 22.3). Da mesma forma, a Igreja foi instruída a reunir-se para glorificar o nome do Senhor: “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.19).
CONCLUSÃO: existem tantas coisas, boas ou más, que podem servir como motivo de alegria, ainda que passageira, mas o salmista disse: “Alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1). O que nos alegra revela o nosso caráter. O salmo 35 mostra que o perverso se alegra com o mal, mas o servo de Deus alegra-se em Sua presença, ainda que as circunstâncias sejam desfavoráveis. Quando nos regozijamos diante do Senhor, em louvor e adoração, Ele Se encarrega de enfrentar o inimigo por nós.
APLICAÇÃO: substitua as reclamações pelo louvor. Ainda que você esteja vivendo situações difíceis, alegre-se por ter o seu nome escrito no Livro da Vida (Lc 10.20).

SEJA BEM VINDO, DEUS NOS ABENÇOE