Sois justificados pela fé ou Pela fé sois justificados?
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; Romanos 5:1
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Romanos 1:1-7 - Prefácio e saudação
Romanos 1:8-15 - Paulo dá graças a Deus e explica porque ainda não os visitou
Romanos 1:16-17 - O assunto da epístola: a justiça de Deus pela fé
Romanos 1:18-32 - Os gentios, ignorando o que se pode conhecer de Deus, entregam-se à idolatria
*O evangelho de Jesus nos justifica pela fé, e isto está acima de nossas obras, merecimentos e condecorações pessoais ou ministeriais.
*Conforme descrito, o homem encontra justificação única e exclusivamente pela graça e misericórdia de Deus, em Cristo, ambas oferecidas no evangelho e recebidas pela fé.
*O evangelho, faz duas coisas, a saber: convence o homem de sua impiedade (pecado); e, em seguida, o desperta de sua indolência.
*Mas este homem se acha adormecido em seus pecados. E aí permanece satisfeito a enganar a si próprio com a falsa idéia de justiça, idéia essa que o faz acreditar não haver necessidade alguma de obter a justiça pela fé, a menos que já se ache despertado para a inutilidade de sua autoconfiança.
*Por outro lado, ele se acha tão intoxicado pelos deleites de sua concupiscência, e tão profundamente submerso em seu estado displicente, que dificilmente se despertará para ir em busca da justiça [divina], a menos que seja ferroado pelo temor do (juízo) divino.
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Romanos 2:1-16 - A transição dos gentios para os judeus. Ambos igualmente culpados
Romanos 2:17-29 - Os judeus são inescusáveis. A verdadeira circuncisão
*Toda a humanidade está condenada desde os tempos da criação do mundo por sua ingratidão, visto que não há quem reconheça o Supremo Deus criador e a excelência de suas obras. Aliás, quando os homens são compelidos a reconhecê-lo, não honram sua majestade com o devido respeito; ao contrário, em sua loucura, profanam e a desonram.
*Todos os homens estão acusados destas e outras impiedades e maquiagens, as quais o torna no mais detestável e desprezível de todos os seres e isso prova mais precisamente que toda a humanidade depravada se desviou, se afastou e não está oculta aos olhos do Senhor,
*Judeus e gentios estão separados diante do tribunal divino.
*Privados estão os gentios do pretexto da ignorância, a qual defendem, porque sua consciência está fartamente convicta de que são culpados.
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Romanos 3:1-8 - Paulo responde a objeções
Romanos 3:9-18 - Todos os homens estão debaixo do pecado. O Velho Testamento citado
Romanos 3:19-20 - Os judeus não constituem uma exceção
Romanos 3:21-31 - A justificação pela fé em Jesus Cristo
*Os judeus devem aceitar que uma vez transgressores das Escrituras, não podem mais justificar sua impiedade, pois os lábios divinos já os proferiram sentença.
*Está provado então que a partir da autoridade das Escrituras, judeus e gentios são todos pecadores portanto destituídos do favor divino.
*Despojados pois da confiança em nossa própria virtude e justiça, estamos todos sucumbidos diante do juízo divino e então só nos resta sermos justificados pela fé, e o que fé significa, e como podemos alcançar a justiça de Cristo mediante a mesma fé?
*A fim de reprimir o ímpeto da soberba humana, somos obstruídos pela ousadia de insurgir contra a graça de Deus. E para que os judeus não tentem restringir o imensurável favor divino à sua própria nação, dispensada está também sobre os gentios.
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Romanos 4:1-25 - Abraão foi justificado pela fé
*Visto que Abraão é o pai dos fiéis, ele deve ser tido como padrão e exemplo dos que são por Deus justificados pela fé.
*A justiça das obras desaparece onde damos lugar à justiça da fé. Davi confirma isso fazendo a bem-aventurança do homem depender da misericórdia divina, pois as obras humanas não podem trazer felicidade completa ao homem.
*As Escrituras testificam que Abraão alcançou a justificação quando ainda incircunciso. Considerando algumas observações sobre a circuncisão, cremos que a promessa da salvação depende somente da generosidade divina, pois a lei não traz paz a consciência humana,
*Portanto, para que nossa salvação seja sólida e garantida, temos que abraçar e levar em conta unicamente a verdade de Deus, e nada em nós mesmos.
*Sigamos o exemplo de Abraão, que desviou sua atenção de si próprio e volveu-a tão-somente para o poder de Deus.
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Romanos 5:1-11 - As consequências da justificação
Romanos 5:12-21 - Adão e Cristo
*O fruto e efeitos da justiça pela fé nos mostra o quanto nós, que fomos redimidos e reconciliados com Deus, devemos esperar de seu amor, o qual derramou abundantemente sobre os pecadores nos dando seu Unigênito e Amado Filho.
*Tracemos então uma comparação entre pecado e justiça gratuita, lei e graça, morte e vida, Adão velho e Cristo o novo homem. Por mais numerosos que nossos erros sejam, eles são destruídos pela infinita generosidade divina.
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Romanos 6:1-14 - A união do cristão com Cristo
Romanos 6:15-23 - A lei e a graça. Analogia de escravidão
*Após receber a santificação que obtemos em Cristo, é deveras natural que nossa carne, tão logo tenha saboreado um pouquinho do conhecimento da graça, queira se expor a seus próprios vícios e desejos, sem qualquer perturbação, como se já estivesse totalmente isenta de todos os perigos.
*Contra isso afirmamos que não podemos receber a justiça de Cristo sem, ao mesmo tempo, receber também sua santificação no batismo, por meio do qual somos iniciados na participação de Cristo.
*No batismo somos sepultados com Cristo a fim de morrermos para nós mesmos e ressuscitarmos através de sua vida para uma nova vida.
*Segue-se, pois, que ninguém pode revestir-se da justiça de Cristo sem antes ser regenerado.
*Paulo usa este fato como a base de sua exortação à pureza e santidade de vida. Tal pureza e santidade devem ser demonstradas naqueles que renunciaram a impiedosa indulgência da carne, a qual busca em Cristo maior liberdade contra o pecado; sim, esses são os que se transferiram do reino do pecado para o reino da justiça.
*Paulo também menciona sucintamente a anulação da lei, na qual o Novo Testamento resplandece, pois o Espírito Santo nos é prometido nele, juntamente com a remissão de pecados.
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Romanos 7:1-6 - A lei e a graça. Analogia de casamento
Romanos 7:7-25 - A lei e o pecado
*Fomos libertados da lei, porque ela, em si mesma, nada pode fazer senão nos condenar. Porém ela está livre de toda e qualquer acusação. A culpa é toda nossa, se transformamos a lei, que nos fora dada para a vida em veículo de morte e ao mesmo tempo nós avolumamos com ela os nossos pecados.
*Descrevamos pois a batalha que se deflagra entre o Espírito e a carne, vivenciada pelos filhos de Deus, pois enquanto se acham presos pelas cadeias do corpo mortal levam consigo resquícios de cobiça, por meio dos quais são continuamente extraviados de sua obediência à lei.
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Romanos 8:1-11 - A vida no Espírito. Os frutos da encarnação. A vida da carne e a vida do Espírito
Romanos 8:12-17 - Filhos e herdeiros
Romanos 8:18-25 - Os sofrimentos do presente conduzem à glória do futuro
Romanos 8:26-30 - O auxílio do Espírito
Romanos 8:31-39 - As provas e a certeza do amor de Deus
*Sejamos consolados e socorridos em nossa consciência cristã, a fim de não sermos estrangulados pelo terror ou venhamos sucumbir, descobrindo que infringimos a lei, ou percebermos que sua obediência é por demais imperfeita, do quê já éramos acusados desde outrora.
*Mas, para que os ímpios não tenham, por esse motivo, razão para enfatuar-se, antes de tudo, cremos que este benefício pertence unicamente aos regenerados, em quem o Espírito de Deus vive e a quem ele faz prosperar.
*Em primeiro lugar, aqueles que se acham enxertados em Cristo, nosso Senhor, por meio de seu Espírito, estão fora de perigo ou da probabilidade de sofrer condenação, ainda que sejam responsabilizados por seus pecados [atuais].
*Em segundo lugar, os que permanecem na carne estão destituídos da santificação do Espírito e não tem qualquer participação nesta grande bênção.
*Quão imensurável é a segurança de nossa fé, visto que ela, pelo próprio testemunho do Espírito de Deus, afasta todas nossas dúvidas, temores e nossa segurança de vida eterna não pode ser interrompida nem perturbada pelas ansiedades desta vida atual, às quais estamos sujeitos em nossa vida mortal.
*Ao contrário disso, nossa salvação é promovida por tais tribulações, e, em comparação com a excelência de nossa salvação, todos nossos atuais sofrimentos são reputados como nada. Com base no exemplo de Cristo, ou, seja: visto ser ele o Primogênito e Cabeça da família de Deus, é a imagem à qual devemos nos conformar.
*Cremos que nossa salvação está garantida e com esplêndido louvor e exultação a Deus, triunfaremos sobre o poder e estratagema de Satanás.
*Nisto os judeus ficaram em maus panos pois sendo eles os principais guardiães e herdeiros do pacto – rejeitaram a Cristo e isto lhes foi imputado como prova da remoção da semente de Abraão, que desdenhava seu cumprimento, ou Cristo não era o Redentor prometido, pois não fizera melhor provisão para o povo de Israel.
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Romanos 9:1-5 - Paulo lamenta a incredulidade dos judeus
Romanos 9:6-13 - A rejeição de Israel não é incompatível com as promessas de Deus
Romanos 9:14-18 - A rejeição de Israel não é incompatível com a justiça de Deus
Romanos 9:19-29 - A soberania de Deus. O Velho Testamento citado
Romanos 9:30-33 - Israel é responsável pela sua rejeição
*Os filhos de Abraão são divididos em duas estirpes, e nem todos os seus descendentes físicos devem ser considerados sua progênie e participantes na graça do pacto. Ao contrário disso, mesmo os estrangeiros se convertem em seus filhos uma vez introduzidos no pacto, pela fé, exemplo Jacó e Esaú.
*Somos remetidos à eleição divina, a qual devemos considerar como a fonte de toda esta questão. Visto que nossa eleição repousa tão-só na misericórdia divina, debalde buscamos sua causa na dignidade humana.
*Não obstante, por outro lado temos a rejeição divina. Ainda que a justiça desta rejeição esteja fora de qualquer dúvida, não há nenhuma outra causa para ela além da vontade de Deus. Afinal, tanto a vocação dos gentios quanto a rejeição dos judeus foram testemunhadas pelos profetas.
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Romanos 10:1-15 - Israel é responsável pela sua rejeição (continuação de Romanos 9:30-33)
Romanos 10:16-21 - Israel não pode alegar a falta de oportunidade
*A infundada confiança dos judeus em suas obras é a causa de sua destruição e o que os priva de fazer uso da lei como escusa, dizendo que a lei também os guia à justiça pela fé. Esta justiça é oferecida, sem distinção, a todas as nações mediante a benevolência divina, e só é aceita por quem o Senhor ilumina com a graça especial.
*Mais gentios que judeus estão obtendo esta bênção, isso foi profetizado por Moisés sobre a vocação dos gentios; e Isaías sobre o endurecimento dos judeus.
*Se o pacto divino fizera alguma diferença entre a progênie de Abraão e as demais nações. Devemos nos lembrar que a obra de Deus não deve ser confinada ao que os olhos podem ver, pois a eleição às vezes vai além de nossa compreensão.
*Elias estava inicialmente equivocado quando concluiu que a religião havia perecido em Israel, porquanto havia ainda sete mil vivos. Somos convidados também a não nos afligirmos ante o vasto número de incrédulos, para quem o evangelho não passa de algo repugnante.
*O pacto persiste mesmo nos descendentes físicos de Abraão, mas só é eficaz naqueles a quem o Senhor predestinou por sua eleição soberana.
*Os gentios devem refrear sua vanglória em relação a adoção, pois não podem excluir os judeus como se houvessem sido rejeitados peremptoriamente, visto que eles só são aceitos pelo Senhor pelo prisma da graça, a qual deve ser-lhes causa de humildade.
*O pacto divino não foi totalmente apagado da progênie de Abraão, pois os judeus são, de certo modo, provocados à emulação pela fé dos gentios, para que Deus possa atrair a si todo o Israel.
11, 12, 13
Romanos 11:1-10 - A rejeição de Israel não é completa
Romanos 11:11-24 - A rejeição de Israel não é final
Romanos 11:25-32 - O último desígnio de Deus é misericórdia para com todos
Romanos 11:33-36 - A maravilhosa sabedoria dos desígnios divinos
Romanos 12:1-2 - A nova vida
Romanos 12:3-8 - O devido uso de dons espirituais
Romanos 12:9-21 - Direções para a vida cristã
Romanos 13:1-7 - Da obediência às autoridades
Romanos 13:8-10 - O amor é o cumprimento da lei
Romanos 13:11-14 - O dia está próximo
*Atentemos as normas gerais para vivermos uma vida cristã abundante.
*Respeitemos as autoridades constituídas. Provavelmente algumas pessoas irrequietas imaginem que a liberdade cristã semente poderá ser exercida plenamente sem o respeito as autoridades civis.
*Para evitar a aparência de estar impondo deveres sobre a Igreja além daqueles atinentes ao amor, Paulo mostra que a obediência também é parte do amor. E adiciona aqueles preceitos que regulamentam nossa vida, o que já havia mencionado.
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Romanos 14:1-12 - A tolerância para os que têm escrúpulos
Romanos 14:13-23 - Não ponhais tropeço a um irmão
*Alguns, cuja obstinada superstição insistem na observância dos ritos mosaicos. Os supersticiosos desprezam os outros como sendo zombadores da lei divina; e os outros injuriosamente caçoam da ingenuidade daqueles.
*O apóstolo, pois, recomenda a ambos aquela discrição judiciosa do suporte, e convida os primeiros a refrear seu desprezo e exagero, e os últimos a evitar todo gênero de escândalo. Ao mesmo tempo, ele prescreve a melhor forma de se exercer a liberdade cristã, a qual é mantida dentro dos limites do amor e da edificação.
*Aos fracos, ele dá um bom conselho, proibindo-os de fazer alguma coisa que ofenda sua própria consciência.
15
Romanos 15:1-13 - Imitai a Cristo. A simpatia e o altruísmo
Romanos 15:14-21 - Paulo explica o motivo das admoestações
Romanos 15:22-29 - Os planos de Paulo
Romanos 15:30-33 - O dia está próximo
*Os fortes devem usar sua força na confirmação dos fracos. Visto que os judeus e os gentios viviam em contínua controvérsia sobre as cerimônias mosaicas, ele resolve toda a rivalidade entre eles, removendo a causa de seu orgulho.
*A salvação de ambos repousa tão-somente na misericórdia divina. É nela que devem pôr sua confiança, e devem pôr de lado todo e qualquer pensamento em sua própria exaltação, pois é pela misericórdia divina que somos mantidos unidos na esperança de uma única herança e podem abraçar-se com toda cordialidade.
*Finalmente, desejando desviar-se com o propósito de enaltecer seu próprio apostolado, o qual assegurava não pouca autoridade a sua doutrina, Paulo aproveita a ocasião para defender-se e reprovar a suspeita de haver assumido o ofício de mestre entre eles com demasiada confiança.
*Ele ainda lhes oferece algumas bases para a esperança de sua visita entre eles, até agora buscara e tentara em vão fazer isso. Ele explica por que fora até então impedido de visitá-los, ou seja: as igrejas da Macedônia e da Acaia o incumbiram da tarefa de levar a Jerusalém os donativos que coletaram com o intuito de aliviar as necessidades dos crentes que viviam naquela cidade.
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Romanos 16:1-2 - Paulo recomenda a Febe
Romanos 16:3-16 - Saudações pessoais
Romanos 16:17-20 - Admoestações
Romanos 16:21-24 - As saudações dos companheiros
Romanos 16:25-27 - A doxologia
*O capítulo dezesseis é quase inteiramente dedicado a saudações, embora haja alguns admiráveis preceitos aqui e ali. Conclui-se com uma notável oração.